Esta semana saiu um artigo da minha autoria no Jornal Maia
Hoje. Deixo-o aqui na íntegra para os que ainda não tiveram oportunidade de o
ler, apesar de já o ter escrito há tempos!
Dirigi-o às mamãs, dado que a mensagem serve-lhes melhor do
que aos papás. Mas penso que a leitura será interessante para ambos.
Amigos cá da terra, o Jornal Maia Hoje é imensamente interessante e tem o custo de um café!
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Mensagem a
todas as mamãs
Sabem aquele momento em que estamos a bordo de um avião e, antes da
descolagem, os hospedeiros de bordo nos explicam as manobras de segurança em
caso de despressurização da cabine? Há uma parte, nessa explicação, em que nos
dizem que quem viajar com crianças deve colocar a máscara de oxigénio em si
próprio, em primeiro lugar, e só depois colocar na(s) criança(s). Isto acontece
por uma razão, para que estejam a salvo, recompostas e em condições de ajudarem
os vossos filhos. Ora, é precisamente sobre isto que me quero pronunciar.
O mesmo princípio deve aplicar-se na vida, na maternidade. Só uma mãe
feliz, satisfeita e completa poderá fazer crescer um filho com as mesmas
características. As crianças aprendem por modelagem, por observação, por
contágio de comportamentos.
Em prol do pressuposto anterior, não se anulem, enquanto mulheres, pelo
facto de serem mães. Não se descurem de vós mesmas. Não negligenciem a vossa
independência enquanto seres humanos. Essa autonomia é primária ao papel da
maternidade. Não se descuidem, não se desleixem. Falo do trabalho, do corpo, da
alma, do amor, do social, do sexo, dos amigos…
Muitas mães encerram em si décadas de mágoas profundas e confinam
verdadeiras frustrações de vida e, analisando todas as variáveis que levaram àquele
estado em que vivem, as causas vêm muitas vezes confluir à maternidade, a
problemas com ela relacionados, ou a dificuldades que dela derivaram.
Decididamente, (e acreditem-me!) isto não é o que os vossos filhos
necessitam e muito menos o que eles querem.
É difícil às vezes, acredito que é, sei que é. Contudo é só mais uma meta,
como outra qualquer, mas que exige uma extrema motivação para implementar.
Daquelas mesmo complexas! Todavia, uma vez alcançado o objetivo, a vida
ilumina-se porque, no fim, todos estarão bem.
É o que sinto na alma e no coração. Sem pretensões de qualquer espécie...só
quero que todos sejam felizes e se sintam realizados nas vidas que vão
construindo.
Diana Sousa