quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A psique do dia #54

O final do primeiro período e o pós Natal trazem ao gabinete casos de ansiedade infantil. Tenho vindo a ter muito contacto com este "parasita" relativamente moderno que ataca as nossas crianças, vagarosamente. A grande questão é que este problema não passa em poucos dias. Aliás, se não for tratado precocemente, pode agravar-se tanto, que torna a vida insuportável, de várias formas e maneiras.

A ansiedade é tão nefasta como qualquer outra doença crónica na medida em que, para além de comprometer os nossos processos psicológicos e o nosso bem-estar, pode traduzir-se, a longo prazo, em maleitas do foro físico. Mas atuando atempadamente, pode nem chegar a ser catalogada como tal. Se não a deixarmos crescer nas crianças, pode nem sequer vir a constituir-se como uma problemática.

Pelo exposto, seria benéfico que os pais e mães não permitissem que este parasita se depositasse nos seus filhos. Gostava que, assim que sentissem no coração que algo está errado (e vocês, pais, sentem estas coisas!) procurassem ajuda e não deixassem este bicho cimentar-se nos miúdos. Também era importante que procurassem ajuda prévia, antes de medicarem as crianças com psicotrópicos. E não falo só da minha ciência, a Psicologia. Existem as terapias chamadas “alternativas”, como a acupuntura, que também têm provas dadas. Mas procurem verificar se há realmente necessidade de medicar. Seja como for, não permitam que isto avance.

Infelizmente é uma realidade atual, façamos frente o quanto antes. Tudo o que ganha raízes, dificilmente perde o seu espaço. Façam-no pelos vossos filhos e pelo futuro de amanhã.

Diana Sousa





créditos imagem: Mensagens - Cultura Mix