Tomar uma decisão séria levará sempre uma pitada de arrojo e
será condimentada de medo. A rede da área do conforto não vai lá estar a
amparar-nos. A questão e a decisão terão de ser muito mais sentidas do que
pensadas. Nem sempre a racionalização é a melhor conselheira e, por vezes, outros
mecanismos de que dispomos têm de entrar em ação. Chamem-lhe feeling ou sexto
sentido. Mas é aqui, neste território do desconhecido, que vamos estabelecer o
caminho a tomar, sabendo sempre que o maior arrependimento será o de não ter
tentado, experimentado, verificado. O rei de todos os arrependimentos é o
senhor que nos deixa a pensar como teria sido se… De “se” em “se” nascem muitas
frustrações e inquietudes, que podem ser mais nefastas do que uma tentativa ou
mudança que venha a correr menos bem.
A vida não é um palco estanque e quieto. Sair da zona do
nosso bem-estar pode ser uma surpresa extremamente agradável. Pode
transformar-se numa experiência fabulosa e muito enriquecedora. Aquilo que temos
e de que dispomos na nossa área de conforto já conhecemos bem e já está sob o
nosso domínio. Fazer ou deixar estar? Mudar ou manter?
Boas decisões para o ano que se avizinha!
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