Quando questionamos uma criança acerca do seu fim de semana, esperamos que ela tenha tido tempo para brincar, para se sujar, para fazer asneiras, para cair e se levantar, para respirar ar puro...
Não esperamos que ela seja um peão dos compromissos parentais, não queremos encerramentos infinitos a estudar para os testes ou a fazer trabalhos de casa, não queremos enclausuramentos de qualquer espécie.
Não queremos porque não é saudável, porque não é desejável, não é propício ao seu bem-estar, ao seu desenvolvimento e à estruturação do seu "eu".
Quando a resposta se prende com uma tarde passada no Shopping (com a mãe no sábado, com o pai no domingo), não há motivos para gáudio! A criança gostou! Claro que gostou! Recebeu X da mãe, recebeu Y do pai, está já a ser formatada para a sociedade de consumo em que vivemos e não tarda nada estará a entranhar-se nesta forma de estar/ser.
Sugiro à parentalidade que pare, escute e pense. Sempre que sugiro à parentalidade, estou a fazê-lo não só por cada criança e pelo seu superior interesse, mas também pela sociedade de amanhã, que nos diz respeito a todos.
Sinto que é hora de dar dois passos atrás e pensar!