Alguns dos pacientes da Psicologia em Dia conseguem ser senhores do ataque de pânico, controlando as suas manifestações (o batimento cardíaco acelerado; o suor quente e frio alternado ou concomitante; o rubor facial; o tremor generalizado, a sensação de que se vai colapsar, entre outros.). Outros conseguem-no com a terapia psicológica (onde aprendem técnicas de controlo e prevenção), juntamente com medicação ansiolítica.
No entanto, seja de que maneira for, ninguém merece viver com este drama agregado a si. A psicologia, a psiquiatria, a acupuntura, o yoga, a meditação, entre tantas outras áreas de trabalho, apresentam bons resultados no evitamento destes episódios. E quando combinadas, as várias técnicas são bastante eficazes. O trabalho conjunto traz sempre melhores frutos.
De qualquer maneira, deixo aqui seis comportamentos a ter quando assaltados por um ataque de pânico.
Para reflexão...
- Comecem, de imediato, a respirar pelo diafragma, ou seja, a força da inspiração deve partir do abdómen e não dos pulmões, por forma a que, calmamente, não haja hiperventilação. A expiração deve ser lenta, calma.
- Lembrem-se que o mal-estar vai passar dentro de breves segundos ou poucos minutos (que parecem uma eternidade!), continuando centrados apenas no processo respiratório e não em pensamentos que podem ser nefastos. Tentem não pensar em nada, sentir apenas a calma da vida interior, da respiração.
- O medo de que os outros percebam que algo de errado se está a passar convosco é, por si só, mais um fator ansiógeno. Não permitam que o que os outros pensam vos interesse. E em casos extremos, as pessoas pensarão que se trata de um quebra de tensão, pois rapidamente se irão recompor. Não interessa! Pensem que estão no comando dos sintomas, recordando o ponto anterior. O que os outros pensam acerca de nós é da responsabilidade deles e em nada nos diz respeito. Tranquilizem-se!
- Continuem o vosso dia, como se apenas tivessem tropeçado. Façam as vossas tarefas normais. Se forem para casa ruminar no acontecimento, poderão estar a cimentá-lo. E o receio de voltar a ter um novo ataque de pânico é um dos gatilhos para ter, efetivamente, um novo ataque de pânico. Se, pelo contrário, levarem o dia até ao fim, sentir-se-ão orgulhosos da vossa conduta e estarão automaticamente mais protegidos.
- Procurem ajuda logo que percebam que não são capazes de o fazer sozinhos. Não é fraqueza mas sim inteligência. Querer viver bem é produto da sanidade mental e em nada se conjuga com incapacidade ou fraqueza. Esse mito está em vias de extinção. As estratégias que aprenderão e a terapêutica adequada, podem evitar novos episódios e até mesmo extingui-los.
- Não acho plausível que meio mundo saiba pelo que estão a passar. Falem com as pessoas que vos são essenciais (e são muito poucas) e proteger-se-ão contra as constantes perguntas, conversas, opiniões e falatório anexo, que poderão fragilizar-vos ainda mais. É um período que deve ser vivido com discrição, à semelhança de tudo o que nos é privado.
São dicas informais, mas de grande utilidade! Apliquem-nas e não sejam escravos subservientes deste malfeitor! A psique agradece!
crédito foto: Melhor Com Saúde