Se a vida te deu limões
E continuas na laranjada
Vais permanecer cansada
Até toda estares fatigada
De ti, de tudo e de nada!
Remas contra a tua maré
Os ventos não te ajudam
Por que raio o fariam?
Se as teimosias corriam
Em sentido que não deviam!
Se a vida te deu limões
Aprende a ver, sentir, aceitar
O que de melhor tens para dar
Vais acalmar-te e apaziguar
Ao carreiro certo vais desaguar!
terça-feira, 29 de novembro de 2016
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
A psique do dia #44
Quando questionamos uma criança acerca do seu fim de semana, esperamos que ela tenha tido tempo para brincar, para se sujar, para fazer asneiras, para cair e se levantar, para respirar ar puro...
Não esperamos que ela seja um peão dos compromissos parentais, não queremos encerramentos infinitos a estudar para os testes ou a fazer trabalhos de casa, não queremos enclausuramentos de qualquer espécie.
Não queremos porque não é saudável, porque não é desejável, não é propício ao seu bem-estar, ao seu desenvolvimento e à estruturação do seu "eu".
Quando a resposta se prende com uma tarde passada no Shopping (com a mãe no sábado, com o pai no domingo), não há motivos para gáudio! A criança gostou! Claro que gostou! Recebeu X da mãe, recebeu Y do pai, está já a ser formatada para a sociedade de consumo em que vivemos e não tarda nada estará a entranhar-se nesta forma de estar/ser.
Sugiro à parentalidade que pare, escute e pense. Sempre que sugiro à parentalidade, estou a fazê-lo não só por cada criança e pelo seu superior interesse, mas também pela sociedade de amanhã, que nos diz respeito a todos.
Sinto que é hora de dar dois passos atrás e pensar!
Não esperamos que ela seja um peão dos compromissos parentais, não queremos encerramentos infinitos a estudar para os testes ou a fazer trabalhos de casa, não queremos enclausuramentos de qualquer espécie.
Não queremos porque não é saudável, porque não é desejável, não é propício ao seu bem-estar, ao seu desenvolvimento e à estruturação do seu "eu".
Quando a resposta se prende com uma tarde passada no Shopping (com a mãe no sábado, com o pai no domingo), não há motivos para gáudio! A criança gostou! Claro que gostou! Recebeu X da mãe, recebeu Y do pai, está já a ser formatada para a sociedade de consumo em que vivemos e não tarda nada estará a entranhar-se nesta forma de estar/ser.
Sugiro à parentalidade que pare, escute e pense. Sempre que sugiro à parentalidade, estou a fazê-lo não só por cada criança e pelo seu superior interesse, mas também pela sociedade de amanhã, que nos diz respeito a todos.
Sinto que é hora de dar dois passos atrás e pensar!
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
terça-feira, 22 de novembro de 2016
A psique do dia #42
O texto foi escrito a 8 de abril de 2015, mas hoje, por circunstâncias variadas, mandou-me a consciência voltar a publicá-lo. Uma forma ligeira de abordar os erros mais comuns que vamos cometendo na educação dos mais novos. "Como dar cabo do futuro de um filho", assim se chama.
Boas leituras, bom regresso a casa e uma excelente noite a todos!
Boas leituras, bom regresso a casa e uma excelente noite a todos!
"Assuntos sérios também podem ser tratados a brincar. E hoje apetece-me
pegar neste assunto de uma forma ligeira, cómica e desprovida de imperativos
enfadonhos. Sendo psicóloga, trabalhando com crianças há uma década e, principalmente,
sendo uma observadora nata, muito me apetece dizer sobre os erros mais comuns
da mamãs e papás da nossa sociedade. Vou pois tratar do assunto do avesso:
através do cómico e do satírico. Só para variar!
Se pretende dar cabo do seu filho, quer seja ao nível da saúde, do
psicológico, do carácter, da convivência com os outros, dos estudos, das suas
ambições de vida e do seu perfil enquanto homem/mulher do futuro, então este
texto parece-me de uma excelente leitura!
Vamos a isso!
Deem-lhes tudo o que é porcaria
a comer!
Bollycaos, donuts, bolos, batatas fritas de pacote, gomas e doçarias
variadas são sempre ótimas opções! Não se esqueça de, na merenda da escola,
colocar um Ice Tea carregadinho de açúcar e um Manhãzito com pepitas de
chocolate! Se eles rejeitarem a sopa, parem de insistir, coitaditos dos miúdos.
Afinal de contas são só crianças…comer sopa para quê? Nunca introduza o consumo
de peixe! As carnes saturadas serão melhor opção para um sangue farto de
gorduras más! Se não gostarem de comer arroz com legumes é natural que fiquem
com fome. Será uma excelente ideia colmatar este problema com um bolinho. Ou
dois! É o caminho viável para a obesidade precoce e as doenças do sistema
circulatório!
Evite que ele lide com a
frustração!
Sempre que o seu filho faça uma asneira, console-o bastante! Será uma
forma inteligente de ele aprender que a vida o recompensará quando fizer
asneirada. Quando ele estiver em conflitos, vá lá e resolva. Se ele se chateia
com o melhor amigo, vá intervir. Se ele tira má nota na escola, vá tirar
satisfação com a professora. Se ele for acusado de provocar mau estar no
ambiente escolar, vá lá defendê-lo como bom menino que é. E acima de tudo,
nunca o castigue nestas situações. É a melhor forma dele compreender que, faça
o que fizer, a sua liberdade é ilimitada e os outros são peões no seu caminho.
Dê-lhe tudo o que ele quer e
pede!
Seja um computador novo, o último modelo da Playstation ou do Iphone,
um tablet ou o que quer que seja. Os amigos têm e ele também quererá ter. Por
isso, nem que tenha que se endividar ou pedir um crédito pessoal, dê-lhe o que
ele quer. E, se possível, não lhe mostre a dificuldade que teve para arranjar
dinheiro para lhe oferecer o objeto do seu desejo. Assim, o seu filho ficará a
saber que a vida não tem valor económico. As coisas caem do céu e só dependem
da mísera vontade de as ter. Fácil!
Permita sempre que ele leve a
melhor com a sua birra!
Quando surgir o confronto, que sempre surge entre pais e filhos, é
normal que ele faça birra e o tom da birra dependa da idade da criança. Pode
corresponder ao choro, ao amuo, ao deixar de falar, seja o que for. Nestas
situações, dê sempre o braço a torcer. Vergue-se à vontade do petiz! Ele assim
aprenderá a lidar apenas com o seu prazer e nunca desenvolverá a capacidade de
encaixar o ponto de vista do outro. E convenhamos, em sociedade esta
característica é extremamente adaptativa.
Nunca tente moldar o
comportamento dele!
É comum em espaços públicos, como restaurantes, piscinas,
supermercados, centros comerciais, a sua criança berrar, falar alto, zanzar
daqui para ali, pedinchar isto e aquilo em tom elevado que perturba os demais.
Pois nunca corrija esta situação! Deixo-os massacrar a vida às outras pessoas
que só queriam estar descansadinhas na sua vidinha e tiveram o azar de levar
com a má educação do seu filho. Permita-lhes fazer o quiserem, e os outros, se
não estiverem bem, que se mudem. É uma boa técnica para a introdução dos seus
filhos à sociedade. Assim compreenderão que só o seu bem-estar é importante e o
resto são abéculas que, com eles, partilham o espaço. Crescerão jovens
egocêntricos e autocentrados, cujo perfil será francamente desejável.
Faça tudo por ele!
Não o envolva nas tarefas domésticas, nas compras de supermercado, nas
conversas familiares, nem lhe introduza os conceitos de entreajuda na
realização da lida da casa. E, de preferência, faça sempre a mochila dele. Não
o responsabilize pelos materiais que terá de levar para a escola no dia
seguinte! Deixe-o a jogar consolas, enquanto trata da vida dele.
Não exija nada da sua criança!
Notas escolares? Bom comportamento? Boas atitudes? Boa cidadania? Nada
disso! Deixa-o ser como é! Não lhe ensine a respeitar os mais velhos, a
tolerar
a diferença, a ser delicado com os mais frágeis, a respeitar os menos
afortunados. Não lhe introduza desde cedo o valor do trabalho, do
esforço, do
empenho. Não lhe ensine que é do esforço do trabalho e do empenho que as
coisas
boas da vida surgirão. Diga-lhes simplesmente que elas cairão do céu,
por obra
e graça de Nosso Senhor! Não lhe mostre, desde cedo, que ser um bom
estudante é
fundamental para a sua vida futura, e jamais lhe exija rigor,
disciplina, organização e método no trabalho. Será assim que aprenderão a
ser bons
profissionais na sua vida futura."
Diana Sousa
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
A psique do dia #41
A mensagem para um início de semana fabuloso!
Se nos focarmos nestes aspectos e nos formos treinando a aplicá-los, a psique agradece.
Boa semana a todos, carregada de positivismo!
Se nos focarmos nestes aspectos e nos formos treinando a aplicá-los, a psique agradece.
Boa semana a todos, carregada de positivismo!
terça-feira, 15 de novembro de 2016
A psique do dia #40
Quando nos telefonam para agendar uma consulta para uma criança ou adolescente, a primeira sessão é sempre com os pais (ou apenas um deles). Desta forma, munimo-nos de conhecimento. O que se passa? e Quando começou? são algumas das perguntas que nos permitem começar a construir um puzzle informativo, ao qual chamamos anamnese.
No fim dessa sessão, e quando as crianças têm menos de 10 anos, é comum sermos questionados pelos pais acerca de como devem comunicar aos filhos que vão ao psicólogo. É normal! Primeiro porque as crianças podem efetivamente desconhecer o que faz um psicólogo. E depois porque os pais têm receio de magoar o/a filho/a com a informação.
Na minha perspectiva, as crianças devem sempre saber a verdade. Desde sempre e para sempre. As crianças merecem-no e têm direito a saber a verdade. Creio apenas que essa verdade deve ser adaptada à idade e há um bom exercício que nos ajuda nesse procedimento: lembrarmo-nos de nós, com a mesma idade, e sentirmos como gostávamos que a verdade nos fosse exposta.
Na maternidade e na paternidade, o exercício de se posicionarem na idade dos filhos é um bom conselheiro para estas realidades da vida. Às vezes é preciso comunicar coisas bem piores. E é de grande ajuda pensar antes de agir. Pensar pela cabeça dos miúdos (ninguém os conhece tão bem como os pais), centrando o próprio pensamento na vossa postura quando tinham a idade deles. Acho que é por aqui...
De resto, não existem fórmulas mágicas. Como em tudo na vida, a comunicação entre pais e filhos vai da sensibilidade de cada um. E aqui, neste terreno tão íntimo, só há lugar para eles.
crédito foto: Crescendo e Acontecendo
No fim dessa sessão, e quando as crianças têm menos de 10 anos, é comum sermos questionados pelos pais acerca de como devem comunicar aos filhos que vão ao psicólogo. É normal! Primeiro porque as crianças podem efetivamente desconhecer o que faz um psicólogo. E depois porque os pais têm receio de magoar o/a filho/a com a informação.
Na minha perspectiva, as crianças devem sempre saber a verdade. Desde sempre e para sempre. As crianças merecem-no e têm direito a saber a verdade. Creio apenas que essa verdade deve ser adaptada à idade e há um bom exercício que nos ajuda nesse procedimento: lembrarmo-nos de nós, com a mesma idade, e sentirmos como gostávamos que a verdade nos fosse exposta.
Na maternidade e na paternidade, o exercício de se posicionarem na idade dos filhos é um bom conselheiro para estas realidades da vida. Às vezes é preciso comunicar coisas bem piores. E é de grande ajuda pensar antes de agir. Pensar pela cabeça dos miúdos (ninguém os conhece tão bem como os pais), centrando o próprio pensamento na vossa postura quando tinham a idade deles. Acho que é por aqui...
De resto, não existem fórmulas mágicas. Como em tudo na vida, a comunicação entre pais e filhos vai da sensibilidade de cada um. E aqui, neste terreno tão íntimo, só há lugar para eles.
crédito foto: Crescendo e Acontecendo
sábado, 12 de novembro de 2016
A psique do dia #39
Hoje foi um dia de extrema importância nesta casa.
Um dos nossos fez hoje o término do seu processo terapêutico, com sucesso, ao fim de muitos meses de compromisso!
A ciência da Psicologia é grata a todos os que lhe dão o seu tempo para trabalhar, para atuar. Na psicologia não há vidência, e como tal, não há corridas vencedoras para impacientes. Já o tendo dito, reafirmo: o processo terapêutico pode assemelhar-se a uma maratona, mas nunca a uma corrida de 100 metros. É um caminho sinuoso, com muitas variáveis parasitas, que só produz efeito pela persistência. A 11 de novembro, um persistente venceu. Estamos muito gratos!
Hoje terminou uma maratona. Outras virão. Desejo-lhes o mesmo sucesso!
Bom fim de semana a todos!
Diana Sousa
Um dos nossos fez hoje o término do seu processo terapêutico, com sucesso, ao fim de muitos meses de compromisso!
A ciência da Psicologia é grata a todos os que lhe dão o seu tempo para trabalhar, para atuar. Na psicologia não há vidência, e como tal, não há corridas vencedoras para impacientes. Já o tendo dito, reafirmo: o processo terapêutico pode assemelhar-se a uma maratona, mas nunca a uma corrida de 100 metros. É um caminho sinuoso, com muitas variáveis parasitas, que só produz efeito pela persistência. A 11 de novembro, um persistente venceu. Estamos muito gratos!
Hoje terminou uma maratona. Outras virão. Desejo-lhes o mesmo sucesso!
Bom fim de semana a todos!
Diana Sousa
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
A psique do dia #38
Não raras vezes, temos no consultório pessoas que se mutilam (metaforicamente falando), que se condenam por não terem conseguido atingir os objetivos propostos em sessões anteriores. Têm o conhecimento, sabem o que fazer, como proceder, mas...na hora de exibir o comportamento assertivo, no contexto da sua vida real, falham redondamente! E sofrem muito por essa desilusão auto-imposta. Não deverá ser assim!
Vejamos! Qualquer que seja o problema pelo qual passamos e ao qual pretendemos dar resposta, existe um tempo, um percurso a fazer, onde vários tropeções estarão à nossa espera. E hoje tropeçamos, mas amanhã, daremos um passo de gigante. Possivelmente voltaremos a cair e teremos que tornar a levantar. O processo é mesmo assim. Faz parte!
Quando se está perante uma problemática que requer alteração comportamental, o pressuposto anterior eleva-se imenso. Estamos há tantos anos a agir de determinada forma, que não podemos esperar que, de um dia para o outro, de uma semana para a outra ou de um mês para o outro, mudemos radicalmente. Tudo segue em passos de bebé, calmamente, serenamente.
Se falhaste hoje aos compromissos que tinhas com o teu comportamento, reflete e verifica quais as variáveis presentes e que te fizeram falhar. Às vezes, o segredo reside nessas variáveis. Mas não te autoflageles! Sê compreensivo contigo, tem compaixão e voltarás amanhã a tentar. Se voltares a falhar, volta a analisar. Mas um dia não falharás, seguramente!
A existência do amanhã (embora não sendo garantido), é a promessa de que podes conseguir desta vez.
Sê paciente e persistente. Pedras no caminho? São o mais certo que há!
crédito foto: Mensagens - Cultura Mix
Vejamos! Qualquer que seja o problema pelo qual passamos e ao qual pretendemos dar resposta, existe um tempo, um percurso a fazer, onde vários tropeções estarão à nossa espera. E hoje tropeçamos, mas amanhã, daremos um passo de gigante. Possivelmente voltaremos a cair e teremos que tornar a levantar. O processo é mesmo assim. Faz parte!
Quando se está perante uma problemática que requer alteração comportamental, o pressuposto anterior eleva-se imenso. Estamos há tantos anos a agir de determinada forma, que não podemos esperar que, de um dia para o outro, de uma semana para a outra ou de um mês para o outro, mudemos radicalmente. Tudo segue em passos de bebé, calmamente, serenamente.
Se falhaste hoje aos compromissos que tinhas com o teu comportamento, reflete e verifica quais as variáveis presentes e que te fizeram falhar. Às vezes, o segredo reside nessas variáveis. Mas não te autoflageles! Sê compreensivo contigo, tem compaixão e voltarás amanhã a tentar. Se voltares a falhar, volta a analisar. Mas um dia não falharás, seguramente!
A existência do amanhã (embora não sendo garantido), é a promessa de que podes conseguir desta vez.
Sê paciente e persistente. Pedras no caminho? São o mais certo que há!
crédito foto: Mensagens - Cultura Mix
terça-feira, 8 de novembro de 2016
A psique do dia #37
Na primeira vez em que um indivíduo experiencia um episódio de ataque de pânico, não tem a capacidade de interpretar e compreende o terror que acabou de sentir. Não raras vezes, vão ao hospital pensando tratar-se de algo perturbador, como um ataque cardíaco. Mas a partir do momento em que são esclarecidos, surgem duas fases distintas: a primeira é o alívio de não padecer de uma problemática cruel; a segunda é a consternação de padecer de uma problemática cruel! Parece um contrassenso, mas na verdade, os ataques de pânico são devastadores e implicam um sofrimento físico e psicológico avassalador.
Alguns dos pacientes da Psicologia em Dia conseguem ser senhores do ataque de pânico, controlando as suas manifestações (o batimento cardíaco acelerado; o suor quente e frio alternado ou concomitante; o rubor facial; o tremor generalizado, a sensação de que se vai colapsar, entre outros.). Outros conseguem-no com a terapia psicológica (onde aprendem técnicas de controlo e prevenção), juntamente com medicação ansiolítica.
No entanto, seja de que maneira for, ninguém merece viver com este drama agregado a si. A psicologia, a psiquiatria, a acupuntura, o yoga, a meditação, entre tantas outras áreas de trabalho, apresentam bons resultados no evitamento destes episódios. E quando combinadas, as várias técnicas são bastante eficazes. O trabalho conjunto traz sempre melhores frutos.
De qualquer maneira, deixo aqui seis comportamentos a ter quando assaltados por um ataque de pânico.
Para reflexão...
- Comecem, de imediato, a respirar pelo diafragma, ou seja, a força da inspiração deve partir do abdómen e não dos pulmões, por forma a que, calmamente, não haja hiperventilação. A expiração deve ser lenta, calma.
- Lembrem-se que o mal-estar vai passar dentro de breves segundos ou poucos minutos (que parecem uma eternidade!), continuando centrados apenas no processo respiratório e não em pensamentos que podem ser nefastos. Tentem não pensar em nada, sentir apenas a calma da vida interior, da respiração.
- O medo de que os outros percebam que algo de errado se está a passar convosco é, por si só, mais um fator ansiógeno. Não permitam que o que os outros pensam vos interesse. E em casos extremos, as pessoas pensarão que se trata de um quebra de tensão, pois rapidamente se irão recompor. Não interessa! Pensem que estão no comando dos sintomas, recordando o ponto anterior. O que os outros pensam acerca de nós é da responsabilidade deles e em nada nos diz respeito. Tranquilizem-se!
- Continuem o vosso dia, como se apenas tivessem tropeçado. Façam as vossas tarefas normais. Se forem para casa ruminar no acontecimento, poderão estar a cimentá-lo. E o receio de voltar a ter um novo ataque de pânico é um dos gatilhos para ter, efetivamente, um novo ataque de pânico. Se, pelo contrário, levarem o dia até ao fim, sentir-se-ão orgulhosos da vossa conduta e estarão automaticamente mais protegidos.
- Procurem ajuda logo que percebam que não são capazes de o fazer sozinhos. Não é fraqueza mas sim inteligência. Querer viver bem é produto da sanidade mental e em nada se conjuga com incapacidade ou fraqueza. Esse mito está em vias de extinção. As estratégias que aprenderão e a terapêutica adequada, podem evitar novos episódios e até mesmo extingui-los.
- Não acho plausível que meio mundo saiba pelo que estão a passar. Falem com as pessoas que vos são essenciais (e são muito poucas) e proteger-se-ão contra as constantes perguntas, conversas, opiniões e falatório anexo, que poderão fragilizar-vos ainda mais. É um período que deve ser vivido com discrição, à semelhança de tudo o que nos é privado.
São dicas informais, mas de grande utilidade! Apliquem-nas e não sejam escravos subservientes deste malfeitor! A psique agradece!
Alguns dos pacientes da Psicologia em Dia conseguem ser senhores do ataque de pânico, controlando as suas manifestações (o batimento cardíaco acelerado; o suor quente e frio alternado ou concomitante; o rubor facial; o tremor generalizado, a sensação de que se vai colapsar, entre outros.). Outros conseguem-no com a terapia psicológica (onde aprendem técnicas de controlo e prevenção), juntamente com medicação ansiolítica.
No entanto, seja de que maneira for, ninguém merece viver com este drama agregado a si. A psicologia, a psiquiatria, a acupuntura, o yoga, a meditação, entre tantas outras áreas de trabalho, apresentam bons resultados no evitamento destes episódios. E quando combinadas, as várias técnicas são bastante eficazes. O trabalho conjunto traz sempre melhores frutos.
De qualquer maneira, deixo aqui seis comportamentos a ter quando assaltados por um ataque de pânico.
Para reflexão...
- Comecem, de imediato, a respirar pelo diafragma, ou seja, a força da inspiração deve partir do abdómen e não dos pulmões, por forma a que, calmamente, não haja hiperventilação. A expiração deve ser lenta, calma.
- Lembrem-se que o mal-estar vai passar dentro de breves segundos ou poucos minutos (que parecem uma eternidade!), continuando centrados apenas no processo respiratório e não em pensamentos que podem ser nefastos. Tentem não pensar em nada, sentir apenas a calma da vida interior, da respiração.
- O medo de que os outros percebam que algo de errado se está a passar convosco é, por si só, mais um fator ansiógeno. Não permitam que o que os outros pensam vos interesse. E em casos extremos, as pessoas pensarão que se trata de um quebra de tensão, pois rapidamente se irão recompor. Não interessa! Pensem que estão no comando dos sintomas, recordando o ponto anterior. O que os outros pensam acerca de nós é da responsabilidade deles e em nada nos diz respeito. Tranquilizem-se!
- Continuem o vosso dia, como se apenas tivessem tropeçado. Façam as vossas tarefas normais. Se forem para casa ruminar no acontecimento, poderão estar a cimentá-lo. E o receio de voltar a ter um novo ataque de pânico é um dos gatilhos para ter, efetivamente, um novo ataque de pânico. Se, pelo contrário, levarem o dia até ao fim, sentir-se-ão orgulhosos da vossa conduta e estarão automaticamente mais protegidos.
- Procurem ajuda logo que percebam que não são capazes de o fazer sozinhos. Não é fraqueza mas sim inteligência. Querer viver bem é produto da sanidade mental e em nada se conjuga com incapacidade ou fraqueza. Esse mito está em vias de extinção. As estratégias que aprenderão e a terapêutica adequada, podem evitar novos episódios e até mesmo extingui-los.
- Não acho plausível que meio mundo saiba pelo que estão a passar. Falem com as pessoas que vos são essenciais (e são muito poucas) e proteger-se-ão contra as constantes perguntas, conversas, opiniões e falatório anexo, que poderão fragilizar-vos ainda mais. É um período que deve ser vivido com discrição, à semelhança de tudo o que nos é privado.
São dicas informais, mas de grande utilidade! Apliquem-nas e não sejam escravos subservientes deste malfeitor! A psique agradece!
crédito foto: Melhor Com Saúde
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
A psique do dia #36
Todos os dias, com qualquer pessoa, de qualquer idade, em qualquer circunstância, vem o queixume de tudo o que achamos que nos destrói: o trabalho, a saúde, os filhos, a relação amorosa ou a falta dela, os amigos ou a falta deles. Fomos sendo muito mais orientados e toldados para a queixa do que para a gratidão, esquecendo-nos, muitas vezes, que as batalhas mais complexas são vividas dentro de quatro portas, ou seja, dentro no nosso coração.
Mas é muito enriquecedor observar que, quando dissecamos o queixume em conjunto, verificamos que o mesmo tem a sua origem no próprio sujeito que o carrega e não na externalização que a pessoa faz, centrando a problemática no trabalho, na saúde, nos filhos, na relação amorosa, nos amigos ou na falta deles. Nós somos donos e senhores dos nossos desígnios, salvo as devidas exceções que fazem a regra.
É, por isso, de extrema importância, que todos os dias tenhamos momentos de reflexão, centrados na lei do retorno. Terei agido bem? Terei respondido da melhor forma? Terei dado o melhor de mim? Terei revestido o meu comportamento de assertividade? Se o formos fazendo regularmente, como uma espécie de ginástica, os queixumes diminuirão, numa dimensão proporcionalmente oposta à gratidão.
Mas é muito enriquecedor observar que, quando dissecamos o queixume em conjunto, verificamos que o mesmo tem a sua origem no próprio sujeito que o carrega e não na externalização que a pessoa faz, centrando a problemática no trabalho, na saúde, nos filhos, na relação amorosa, nos amigos ou na falta deles. Nós somos donos e senhores dos nossos desígnios, salvo as devidas exceções que fazem a regra.
É, por isso, de extrema importância, que todos os dias tenhamos momentos de reflexão, centrados na lei do retorno. Terei agido bem? Terei respondido da melhor forma? Terei dado o melhor de mim? Terei revestido o meu comportamento de assertividade? Se o formos fazendo regularmente, como uma espécie de ginástica, os queixumes diminuirão, numa dimensão proporcionalmente oposta à gratidão.
crédito foto: Pontos de Vista - Sapo
sábado, 5 de novembro de 2016
A psique do dia #35
A todos os nossos clientes, amigos e leitores, deixamos para reflexão, desejando um fim de semana de serenidade e apaziguamento.
crédito foto: Psicologia Explica
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
A psique do dia #34
É lamentável... o tema é recorrente! Muitos dos nossos velhos são descartados pelos filhos, como se de algo se tratasse. O "algo" foi quem nos deu a vida ou a deu aos nossos pais. Só! Coisa pouca, para muitos!
Deixo para reflexão estas palavras, partilhadas no meu blogue pessoal:
"Gosto imenso da malta idosa. São pais, avós que cuidaram de nós, “os grandes”, que agora cuidam dos seus pequenos. Muitos de nós têm-se esquecido de cuidar dos mais velhos. Eles, no entanto, não se esqueceram de cuidar de nós quando emigraram, quando se deixaram escravizar e quando passaram fome, apenas para nos alimentarem e para nos proporcionarem saúde.Estes velhos não se preocupavam em ter grandes máquinas (vulgo, carros), nem grandes casas, nem férias, nem psicólogos, nem centros de estudo, nem gomas, nem consolas, nem telemóveis e roupas da moda. Preocupavam-se em ter, para nós, algo mais valioso e que muitos de nós não saberemos o que é. Estes velhos são a nossa base, onde nos alicerçamos para sermos o que somos.
Não vou aqui sequer abordar os cobardes que debitam os seus velhos ao abandono. São uns miseráveis que não me merecem tempo de antena.
Falo do abandono dos cuidados mais básicos que eles precisam, neste inverno das suas próprias vidas. Precisam de quem lhes dê banho, de quem lhes mude a fralda, de quem os vista, de quem lhes corte as unhas, lhes faça as refeições adequadas às problemáticas de saúde de que padecem…e precisam que tudo isto seja feito com miminho. Dói-me tanto… Sensibilizem-se, por favor! Muitos argumentam que os seus pais foram péssimos e que agora não têm vontade (amor?!) para cuidar deles. No fundo, o seu desinteresse vem de quezílias antigas e mal resolvidas. Ok, entendo! Mas muitos idosos não foram pais carinhosos apenas porque não sabiam melhor. Não tiveram, também eles, amor da parte dos pais, nada sabiam sobre educação. E com a carga de trabalhos que tinham todos os dias à sua espera, não tinham também disponibilidade para os afetos. Mas agora estão desgastados, cansados, carregados de maleitas que lhes tiram a dignidade e têm, para além disso, de sofrer a indiferença dos que deles se descartam? São os nossos velhos, caramba! São nossos! E dos nossos é nosso dever cuidar."
Diana Sousa, em
nervosograudinho.blogspot.pt
Bom fim de semana a todos, especialmente aos amigos mais vividos...
Deixo para reflexão estas palavras, partilhadas no meu blogue pessoal:
"Gosto imenso da malta idosa. São pais, avós que cuidaram de nós, “os grandes”, que agora cuidam dos seus pequenos. Muitos de nós têm-se esquecido de cuidar dos mais velhos. Eles, no entanto, não se esqueceram de cuidar de nós quando emigraram, quando se deixaram escravizar e quando passaram fome, apenas para nos alimentarem e para nos proporcionarem saúde.Estes velhos não se preocupavam em ter grandes máquinas (vulgo, carros), nem grandes casas, nem férias, nem psicólogos, nem centros de estudo, nem gomas, nem consolas, nem telemóveis e roupas da moda. Preocupavam-se em ter, para nós, algo mais valioso e que muitos de nós não saberemos o que é. Estes velhos são a nossa base, onde nos alicerçamos para sermos o que somos.
Não vou aqui sequer abordar os cobardes que debitam os seus velhos ao abandono. São uns miseráveis que não me merecem tempo de antena.
Falo do abandono dos cuidados mais básicos que eles precisam, neste inverno das suas próprias vidas. Precisam de quem lhes dê banho, de quem lhes mude a fralda, de quem os vista, de quem lhes corte as unhas, lhes faça as refeições adequadas às problemáticas de saúde de que padecem…e precisam que tudo isto seja feito com miminho. Dói-me tanto… Sensibilizem-se, por favor! Muitos argumentam que os seus pais foram péssimos e que agora não têm vontade (amor?!) para cuidar deles. No fundo, o seu desinteresse vem de quezílias antigas e mal resolvidas. Ok, entendo! Mas muitos idosos não foram pais carinhosos apenas porque não sabiam melhor. Não tiveram, também eles, amor da parte dos pais, nada sabiam sobre educação. E com a carga de trabalhos que tinham todos os dias à sua espera, não tinham também disponibilidade para os afetos. Mas agora estão desgastados, cansados, carregados de maleitas que lhes tiram a dignidade e têm, para além disso, de sofrer a indiferença dos que deles se descartam? São os nossos velhos, caramba! São nossos! E dos nossos é nosso dever cuidar."
Diana Sousa, em
nervosograudinho.blogspot.pt
Bom fim de semana a todos, especialmente aos amigos mais vividos...
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
A psique do dia #33
A reflexão de hoje centra-se numa realidade sentida por muitos e refere-se ao facto de viverem uma vida que nada lhes diz. Cumpriram os dogmas que lhes foram impostos pela sociedade: muitos trabalham, casaram, tiveram filhos...mas, no fundo, construíram a sua vida em alicerces de fragilidade e chegaram ao momento em que se sentem encurralados numa existência que nada lhes diz.
Alguns vão procurando ajuda psicológica, no sentido de criarem uma nova narrativa de vida que lhes seja aprazível. Outros pretendem apenas apaziguar-se com a vida que escreveram. Outros nunca o farão... Cabe a cada um decidir como irá percorrer este espaço temporal, ao qual chamamos vida. É do mais privado que um ser humano acarreta! Mas é tema que merece uns minutos de introspeção!
Alguns vão procurando ajuda psicológica, no sentido de criarem uma nova narrativa de vida que lhes seja aprazível. Outros pretendem apenas apaziguar-se com a vida que escreveram. Outros nunca o farão... Cabe a cada um decidir como irá percorrer este espaço temporal, ao qual chamamos vida. É do mais privado que um ser humano acarreta! Mas é tema que merece uns minutos de introspeção!
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